Os slogans usados por Tiririca durante toda a campanha eleitoral, retratam muito bem a realidade dele, e, a nossa se ele realmente for eleito deputado federal. São dois slogans que debocham do sistema eleitoral: Vote em Tiririca. Pior que está não fica” e “Você sabe o que faz um deputado federal? Eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”.
A situação do candidato já virou até motivo de piada, aliás, ultimamente o sistema eleitoral do Brasil é motivo de piada constantemente.Tiririca sabe ler?
Essa é a grande dúvida, a assessoria de imprensa do Tiririca diz que sim, mas os indícios mostram o contrário. Abaixo temos um trecho de uma reportagem da revista época:
"O humorista Ciro Botelho, redator do programa Pânico da rádio Jovem Pan, diz que escreveu sozinho o livro As piadas “fantárdigas” do Tiririca em 2006. A publicação é assinada só por Tiririca. Botelho diz que escreveu com base em histórias contadas por ele. “O Tiririca não sabe ler nem escrever”, afirma.
Dois funcionários da TV Record também disseram a ÉPOCA que nos bastidores do programa humorístico Show do Tom, do qual Tiririca participa, é sabido que ele não lê nem escreve. De acordo com Ciro Botelho, o palhaço conta com a ajuda da mulher para decorar suas falas: “A mulher fica no camarim com ele e vai falando o texto. Ele vai decorando e conta do jeito dele”.
A reportagem de ÉPOCA acompanhou Tiririca por dois dias na semana passada. Viu o candidato dar autógrafos com uma grafia bem diferente da que aparece na declaração apresentada ao TRE, com letras redondas. Aos fãs, ele assina um rabisco circular ininteligível e desenha o que seriam as letras do nome de seu personagem. Em duas ocasiões, a reportagem deparou também com situações que demonstram que Tiririca tem, no mínimo, enorme dificuldade de leitura. No dia 21, a reportagem pediu para Tiririca ler uma mensagem de celular. Ele ficou visivelmente assustado diante do aparelho. O constrangimento do candidato só foi desfeito quando uma assessora leu o torpedo em voz alta. Minutos antes, referindo-se às críticas feitas a sua candidatura nos jornais, Tiririca dissera: “Eu não leio nada, mas minha mulher lê para mim”.
No dia 22, ÉPOCA fez um teste com Tiririca. Durante um almoço, pediu a ele para responder a perguntas da pesquisa Ibope sobre o Congresso. As duas primeiras questões foram lidas pela reportagem e respondidas normalmente por Tiririca. Em seguida, foi apresentado ao candidato um cartão para ele ler a terceira pergunta e as alternativas de resposta. Nesse momento, seus assessores o cercaram imediatamente. O filho de Tiririca, Éverson Silva, começou a ler a pergunta para o pai, mas a pesquisa foi interrompida pelos assessores com a alegação de que ele precisava almoçar e que a aplicação da pesquisa não fora combinada previamente. A cena pode ser vista em um vídeo no site de ÉPOCA.
Depois desse novo mal-estar, ÉPOCA tentou questioná-lo sobre sua alfabetização. Sua assessoria de imprensa não permitiu mais contatos. Ela diz que Tiririca sabe ler e escrever, mas os pedidos de um encontro com o candidato para que ele lesse um texto e encerrasse as dúvidas foram recusados. A assessoria disse que Tiririca está na reta final da campanha e ficaria “chateado por ter de provar que sabe ler”.
Não sei o que é pior, o Tiririca não saber ler e ser candidato Federal ou saber que ele é o candidato com mais popularidade, com um potencial que pode atingir mais de 1 milhão de votos, mesmo o povo sabendo disso tudo.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI174609-15223,00-O+CONGRESSO+TIRIRICA+TRECHO.html
Por: Pâmella Cardoso.